terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Parentes estão preocupados com familiares que residem na Líbia

A violência na Líbia trouxe no Brasil grande preocupação a parentes de brasileiros que vivem lá. O Itamaraty informou que negocia com o governo da Líbia agilizar a remoção de cidadãos brasileiros.


Uma semana sem notícia. Rafael Carvalho passou as férias em Feira de Santana, na Bahia. No dia 14, voltou para o trabalho em Benghazy, a cidade da Líbia com os protestos mais violentos.
"Eu só peço que se ele ouvir essa mensagem, que ele entre em contato o mais breve possível conosco", pede o pai de Rafael, Antônio Carvalho.
Em São Paulo, a analista financeira Enide Nascimento também está preocupada. O irmão e a cunhada dela moram em Benghazy. O último contato com eles foi no sábado.
“Eu pude ouvir por telefone os tiros que estavam tendo perto da casa dele e foi quando ele gritou pra mim eu vou desligar, tenho que desligar. Aí eu liguei pra ele de novo, ele falou que a situação tinha fugido do controle, ele estava ouvindo bombas, ele escutava tiro, ele estava preso em casa. Estava desesperado com a esposa dele. Depois disso eu não consegui mais contato”, fala.
Nos últimos dois dias, ela conversou com representantes do Itamaraty e da construtora Queiroz Galvão, empresa em que o irmão trabalha. Ouviu que o plano é fretar um avião para retirar os brasileiros que quiserem sair. Mas, do irmão, nenhuma notícia.
O Itamaraty informou que negocia com o governo da Líbia agilizar a remoção de cidadãos brasileiros. Por enquanto, a decisão de sair ou ficar no país é de cada um deles, mas dependendo da escalada da violência na Líbia, essa orientação pode mudar.
“A ideia era que mulheres e crianças alguns cidadãos brasileiros deixassem a Líbia, agora se a situação continuar deteriorando esse quadro poderá se transformar”, diz o chanceler Antonio Patriota.
O brasileiro que treina o time de maior torcida na Líbia não vai esperar. Em entrevista por telefone ao Jornal da Globo, Heron Ferreira disse que a sensação de insegurança cresce a cada hora.“Ouvi ontem muitos disparos, barulho de explosão, helicóptero sobrevoando a cidade."
Ele mora em Trípoli, capital da Líbia. Por causa do trabalho, não pode deixar o país imediatamente. Mas não quer correr riscos. “A minha família e a minha comissão técnica saem todos depois de amanhã. Prefiro primeiro que todos saíam pra eu sair por último."
A construtora Queiroz Galvão disse que está providenciando a retirada segura de seus funcionários, e que todos passam bem.
Fonte: G1

















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